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Próximo Futuro

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13
Jul11

21.º Festival de Medellín homenageou poesia africana

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O Festival Internacional de Poesía de Medellín, na Colômbia, já completou o seu 21.º aniversário com a concretização de mais uma edição. Mas esta foi a primeira vez que integrou a Red Nuestra América de Festivales Internacionales de Poesía, adotando uma nova versão que incluiu uma homenagem ao "Espírito da Origem", associado à poesia africana.

De 2 a 9 de Julho de 2011, este reputado Festival voltou a reunir poetas oriundos da América do Sul mas também de outros continentes, para além de directores de Festivais congéneres, entre muitas mais actividades relacionadas com o ensino, escrita e difusão da Poesia. Participaram mais de 90 poetas de 50 nações de todos os continentes, destacando também neste ano a realização da 15.ª Escola de Poesia de Medellín e de um ciclo de cinema africano composto por 7 longas-metragens produzidas no Senegal, Mali, Burkina Faso e República Democrática do Congo. 

 

Aqui é possível conhecer detalhadamente o programa da 21.ª edição do Festival Internacional de Poesía de Medellín e aqui a sua já longa história, desde a sua origem em 1991.

 

23
Abr11

PAULO REIS, "carpe diem"

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PAULO REIS (Maragogipe/Bahia, 09.11.1960 - Lisboa, 23.04.2011) [foto: Ding Musa]

 

O Curador e Crítico de Artes Visuais Paulo Reis residente em Portugal faleceu hoje às 18:30h no Hospital Egas Moniz. Com uma formação em Comunicação Social e História de Arte era professor de teorias de arte e de estética em várias universidades. Nos últimos anos tinha uma actividade intensa de curadoria internacional tendo sido responsável por muitas exposições em diversos países da Europa e América Latina.

Paulo Reis veio a Portugal pela primeira vez em 1998 para participar num Colóquio sobre as Artes na América do Sul. Em 2000 foi curador com Ruth Rosengarten da Exposição “UM OCEANO INTEIRO PARA NADAR” de artistas portugueses e brasileiros realizada na Culturgest. Foi uma exposição histórica pelo ineditismo e pelo impacto que teve a partir de então nas relações culturais e artísticas entre o Brasil e Portugal.

Paulo Reis tornou-se a partir de então um verdadeiro “embaixador cultural” entre os artistas e os curadores destes dois países e a sua afeição por Portugal levou-o a passar longas temporadas neste país, a que se seguiu, a partir de 2005, passar a residir em Lisboa.

Foi o criador do CARPE DIEM - Arte e Pesquisa, instituição vocacionada para a produção e realização de exposições e fórum artístico internacional, instalado no Palácio do Marquês de Pombal na Rua do Século, na capital lisboeta. Foi co-fundador e co-director da revista Dardo, juntamente com David Barro, promovendo uma série de iniciativas relacionadas com a triangulação Brasil-Portugal-Espanha.

Era uma pessoa de uma invulgar generosidade e de uma atenção e cuidado particular para com artistas de cujas causas era um militante inconformado.

 

ANTÓNIO PINTO RIBEIRO

17
Mar11

DISLOCACION: do Chile à Suiça

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[Nicolas Rupcich (em colaboração com Emilio Marín), Big Pool, 2010 (fotografia)]

 

 

 

Inaugura esta semana, na Suiça, o projecto de investigação que a curadora e artista Ingrid Wildi Merino concebeu e organizou em Santiago do Chile em Setembro de 2010 e que a co-curadora Kathleen Bühler ajudou a levar agora (e até Maio de 2011), para o Juraplatz e para o Kunstmuseum de Berna.

 

Não se trata apenas de uma mega-exposição que, aliás, no Chile envolveu as principais instituições culturais da capital, desde os museus – Museo Nacional de Bellas Artes, Museo de Arte Contemporáneo, Museo de la Solidaridad Salvador Allende, Museo de la Memoria y los Derechos Humanos –, às incontornáveis galerias Gabriela Mistral e Metropolitana, passando ainda pelo axial Centro de Arte Alameda, pelo alternativo Canal Señal 3 de la Victoria, sem esquecer a charmosa Librería Ulises. É sobretudo uma plataforma de actividades desenvolvida entre dois países e continentes como um “ensaio curatorial”, em torno da “globalização terrestre, suas causas históricas e seus efeitos contemporâneos” (mais sobre o conceito-exposição aqui).

 

Dislocacion” é de facto uma exposição sobre e em deslocação, mas também um simpósio, um ciclo de conferências e outro de cinema e disponibiliza no seu website multilingue textos fundamentais para compreender a ramificação do próprio projecto  (basta ir aqui).

 

Links úteis para os artistas e respectivas obras em “Dislocacion” (na sua grande maioria trabalhos inéditos, especificamente produzidos para este projecto): Ursula Biemann, Boisseau & Wetermeyer, Juan Castillo, OOO Estudio, Thomas Hirschhorn, Alfredo Jaar, Voluspa Jarpa, Josep-Maria Martín, Mario Navarro, Bernardo Oyarzún, RELAX (chiarenza & hauser & co), Lotty Rosenfeld, Ingrid Wildi Merino, Camilo Yáñez, Nicolás Rupcich.

 

 

Lúcia Marques

28
Fev11

Between Theory and Practice: Rethinking Latin American Art in the 21st Century

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O pão nosso de cada dia (Our daily bread),

Anna Bella Geiger (Brazilian, b. 1933), 1978

 

Between Theory and Practice: Rethinking Latin American Art in the 21st Century, é o simpósio que se realiza no final da próxima semana, no Getty Research Institute, dedicado à criação artística e reflexão teórica contemporânea na América Latina. Programa aqui.

17
Fev11

Brasil, África, Europa: TERCEIRAS METADES pelo mundo fora

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É hoje que arranca a mais recente e ambiciosa iniciativa programática do MAM-Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), intitulada TERCEIRA METADE porque “se desenha no espaço geográfico e mental do Atlântico, em especial na triangulação Brasil, África e Europa”, tal como explicam os respectivos curadores Luiz Camillo Osório (director do MAM) e Marta Mestre (recentemente integrada na equipa curatorial do MAM após estágio INOV-Art como curadora assistente naquela instituição).

O programa multidisciplinar decorrerá de 17 de Fevereiro a 17 de Abril de 2011 e articula uma exposição, um seminário internacional, uma mostra de cinema, o lançamento de um livro e um site, dedicados às “mudanças culturais que acontecem no mundo contemporâneo, em especial entre as três margens deste eixo geográfico” (Brasil, África e Europa).

 

Assim, a abertura da TERCEIRA METADE acontecerá hoje mesmo às 19 horas locais (Rio de Janeiro) com a inauguração de uma mostra de trabalhos especialmente produzidos no âmbito deste projecto, relacionados com a arquitectura do museu e realizados num “diálogo a três” por parte dos artistas Manuel Caeiro (nascido em Évora, Portugal, em 1975 e actualmente a viver entre Lisboa e o Rio de Janeiro), Yonamine (nascido em Luanda, Angola, em 1975, e actualmente a viver em Lisboa e em Luanda) e Tatiana Blass (nascida em São Paulo, Brasil, em 1979, onde continua a viver).

 

[Manuel Caeiro]

 

O Seminário é gratuito – apenas implicando pré-inscrição no website do MAM –, com tradução simultânea (pt/ing) e terá lugar na Cinemateca do museu nos dias 29 e 30 de Março. Propõe-se debater “as relações, as formas de representação e a circulação da economia da cultura no eixo geográfico Brasil, África e Europa” e conta com “a presença de curadores, pesquisadores, economistas, artistas, antropólogos, escritores”, dos quais se destacam Célestin Monga (“camaronês economista do Banco Mundial em Washington”), Roberto Conduru (“historiador de arte brasileiro”), Paul Goodwin (“curador da Tate Britain de Londres”), Adélia Borges (“curadora da Bienal Brasileira de Design 2010”) e António Pinto Ribeiro (“ensaísta e programador da Fundação Calouste Gulbenkian”).

 

Ainda na última semana de Março realizar-se-á uma mostra de cinema com curadoria da pesquisadora e realizadora Michelle Sales, abordando questões como: “De que forma o cinema ‘olha’ para os ‘olhares’ entre Brasil, África e Europa? Qual o estado do cinema atual, neste eixo geográfico?”, seguindo-se a edição de um livro bilingue (pt/ing) “com todas as ações do projecto TERCEIRA METADE”, para além do respectivo website.

 

“Terceira Metade” é também o título do último livro da trilogia “Os Filhos de Próspero” do inagualável escritor, cineasta, artista plástico e antropólogo, Ruy Duarte de Carvalho (nasceu em 1941 em Portugal, naturalizou-se angolano em 1975 e morreu na Namíbia em 2010): o primeiro que categorizou explicitamente como um romance, procurando “tratar literariamente, em língua portuguesa e através de um certa ficção, questões comuns a todos os tempos e ao mundo inteiro” (segundo palavras do autor aqui). E aqui um diário de viagem particularmente cúmplice, com o intuito de “problematizar o processo de ocidentalização do mundo e os seus efeitos, com enfoque no espaço atlântico”.

Ora termina precisamente hoje, 17 de Fevereiro, a homenagem póstuma que lhe dedicou em Angola a associação cultural Chá de Caxinde. Que vivam (e revivam) as terceiras metades pelo mundo fora.

 

Lúcia Marques

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