"Botswana is in many ways a model African country - wealthy, democratic and not obviously corrupt."
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Um dos discos mais falados neste final de ano foi a compilação Shangaan Electro: New Wave Music from South Africa (Honest Jon's). Música que pode ser encontrada em Joanesburgo, mas da autoria de naturais da província de Limpopo, no norte do país (região que se estende para Moçambique). Esta música caracteriza-se pela velocidade dos beats. É um dos discos mais entusiasmantes a ser lançados em 2010.
Neste vídeo, uma breve conversa com Richard "Nozinja" Mthetwa, música, produtor e dono da editora de discos que mais tem feito pela popularidade do Shangaan, a Nozinja Music Productions.
Em Santiago, na Universidade Católica do Chile, decorre até hoje (26 Jan) o Seminário de dois dias dedicado ao tema: “La Cultura Arquitectónica y Publicaciones Períodicas” (A Cultura Arquitectónica e Publicações Periódicas). Conta com a participação de 17 convidados nacionais e internacionais, entre os quais o arquitecto e editor Pablo Brugnoli, que em Junho passado apresentou em Lisboa, no Próximo Futuro, a sua lição sobre a “Ciudade Sur” (Cidade Sul).
LM
E sendo hoje o aniversário da cidade de Luanda, vale a pena recordar o papel de Liceu Vieira Dias contra o colonialismo português através do documentário que o realizador Jorge António (n. 1966 Lisboa, residente em Luanda) lhe dedicou, intitulado “O Lendário ‘Tio Liceu’ e os Ngola Ritmos” (2009). Aqui há uma extensa entrevista a Jorge António pela jornalista e editora Marta Lança.
O filme já foi mostrado pelo IndieLisboa mas para quem não viu ou queira rever, passa hoje, às 21h30, no Teatro da Trindade, em Lisboa, e a sessão – de entrada livre – conta com a presença do cineasta.
LM
Para além de S. Paulo, também Luanda celebra o seu aniversário, o 435º!. O blog Luanda Azul publica um texto de Pereira Dinis, do Jornal de Angola, sobre a cidade em dia de anos. Aqui.
Comemora-se hoje, dia 25 de Janeiro, o aniversário dos 457 anos da Cidade de São Paulo, no Brasil, e não muito longe daquele que é considerado o “marco zero” da sua fundação (o Pátio do Colégio), o “centro” da cidade, ainda é possível ver a mais recente instalação do artista brasileiro Carlito Carvalhosa, intitulada “Melhor Assim” (2010) e que ocupa todo o espaço cultural SOSO+ (integrado no antigo Hotel Central, projectado por Ramos de Azevedo) situado em plena Avenida São João. “Soso” significa 'fagulha/faísca” em quicongo (uma das línguas nacionais de Angola) e, em São Paulo, com a implementação da galeria Soso em Fevereiro de 2009 – da qual derivou um ano e meio depois o espaço cultural SOSO+ (também propriedade do empresário angolano Mário Almeida), que começou por acolher o projecto “3PONTES” da Trienal de Luanda –, já é sinónimo de espaço dedicado à arte contemporânea e símbolo da revitalização recente do centro paulistano a partir de uma das suas principais artérias. Por isso, “Melhor Assim” é particularmente eficaz enquanto intervenção artística destinada a provocar novas relações entre o espaço arquitectónico e os seus transeuntes, reconfigurando radicalmente, através da luz (que nos permite ver, mas que também nos pode cegar), o próprio espaço SOSO+: nele encontram-se agora colocadas no chão, tecto e paredes, cerca de 330 lâmpadas de 40 watts (mais de 10.000 de potência), criando um ambiente que busca outras formas de percepção sensorial e que, portanto, aprofunda anteriores pesquisas do artista (como a levada a cabo na exposição “Soma dos Dias”, patente ao público na Pinacoteca de São Paulo durante a última Bienal de Artes desta cidade).
Com curadoria de Daniel Rangel (diretor dos Museu do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, que já havia trabalhado com Carlito Carvalhosa na dinamização do Palácio da Aclamação, em Salvador), “Melhor Assim” marca também o arranque do programa “Conexão+”. Trata-se de uma iniciativa programática concebida por Rangel em parceria com Fernando Alvim (artista, autor da Trienal de Luanda e Vice-Presidente da Fundação Sindika Dokolo) e Mário Almeida, que resulta do entendimento do SOSO+ como um lugar “voltado para a experimentação”, onde os “sites-specifics surgem como resultados de um processo criativo contínuo, de pesquisa e montagem”, no sentido de ampliar a proposta inicial deste espaço cultural enquanto “ponto de encontro e diálogo entre o que há de melhor na produção atual de artes visuais do Brasil e de países africanos”. Carlito Carvalhosa soma e segue com a sua luz e em breve será o primeiro artista brasileiro a intervir no átrio do MoMA de Nova Iorque.
Lúcia Marques
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