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Próximo Futuro

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17
Dez10

As Áfricas de Pancho Guedes

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É uma exposição notável; pela qualidade do acervo, pela “metodologia” se assim se pode chamar à reunião feita por Pancho Guedes de uma Colecção de Arte feita ao arrepio das correntes estéticas da época, e pelo estudo laborioso feito pelos curadores – Alexandre Pomar e Rui Pereira . O trabalho de investigação subjacente e visível quer na montagem, quer nos textos do catálogo é um trabalho de rara qualidade intelectual. No panorama europeu actual de exposições em torno de artes, de artistas e de África esta é uma exposição Incontornável. Voltaremos a ela….

 

 

17
Dez10

Festival Internacional de Cinema de Marraquexe

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Mesmo aqui ao lado, a pouco mais de uma hora de voo de Lisboa, existe uma indústria cinematográfica que dá sinais de uma vitalidade significativa. A pretexto da realização do Festival Internacional de Marraquexe, é-nos permitido saber um pouco mais sobre como este sector funciona em Marrocos. Neste festival, entre visitas das mais ilustres figuras do cinema actual como Coppola, Scorsese ou Marion Cottillard, o cinema local apresenta-se com um impressionante vigor, com a estreia de 18 longas-metragens. Marrocos é um destino de  grandes produções desde que “Lawrence da Arábia” foi lá filmado, mas mais significativos e dignos de nota são os valores que resultam para a economia local assim como os mecanismos governamentais de financiamento da indústria cinematográfica marroquina. Um relato completo, aqui

15
Dez10

Strawberry fields forever

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(ouvia-a no programa da manhã, na Antena 1, era tema de uma crónica semanal da Clara Pinto Correia. Foi assim que conheci a música dos Beatles. E também foi assim que aprendi um certo desapego, a inquietação desagitada, que pode acompanhar o olhar quando as paisagens são novas e agrestes)

  

Nos arredores dos arredores existem os futuros territórios ocupados. Escorregam os olhos gulosos para estas margens, para estes embondeiros e para estas verduras e já se ergueram muros, debruados a arame farpado, que limitam possessões e fazem prever gente grande. Estes campos são habitados de vazio, de pedras e lixo, de poeiras acumuladas e das fantasias da ventania que trazem para aqui todos os sacos plástico da periferia. São os primeiros a chegar, azuis e brancos, transparentes, muito finos, alguns pretos também. Vêm não se percebe bem como, mas ocupam áreas imensas, esvoaçam presos ao arame, às rugas do cimento, aos restos de outros lixos e ficam ali, voadores aprisionados, a ocupar imensidões, como se de uma plantação cuidada, de um exploração agrícola, se tratasse.

Estas lavras não produzem mandioca ou banana, não têm carreiros de feijão ou tomate, não estão povoadas de mulheres ou homens portadores de enxada. Estes campos de sacos plásticos são o último silêncio que se encontra antes de chegar à cidade. São a linha de fronteira que nos avisa que estamos a chegar. A chegar aos arredores da capital.

Os arredores da capital são gigantes, esparramados pela paisagem como mancha de gordura que se alastra, vão levando tudo à sua frente, empurrando, com força de enxurrada, a vida e o modo, para o que antes era “mato”.

Os mangais desaparecem, as salinas vão sendo comidas e esventradas, o verde dá lugar a cubículos de chapas, marcadores de presença, garantia de ocupação de espaço. Nascem auto-estradas que desaguam em picadas, caóticas regras de trânsito, mais barracas, musseques, desordenamento absoluto do território, muros vedantes de espaços privados, que não criam lugar para ruas, espaço comuns ou serviços básicos. Além nascem blocos, cópias da construção social dos anos 70 e 80 da Europa, esses serão os novos abrigos dos deslocados de guerra que agora se pretendem sejam deslocados da paz para que se desinfecte a capital. Adivinham-se problemas, mas serão sempre surpresa as soluções que inventarão habitantes e governantes.

Os arredores são a radiografia exposta do coração da capital. As tripas da cidade estão aqui. Nos arredores. O cheiro a esgoto a céu aberto, o lamaçal após uma hora de chuva, os furtos, a falta de luz, o som do gerador, as crianças descalças, as moscas, a fruta e o pão à venda na porta de casa, cães e ratos, mais lama, mais esgoto e aqueles carros azuis e brancos, nervosos, desordeiros e essenciais. Desde os campos de plástico que já não é possível encontrar o silêncio. De som ou de imagem.

 

“Let me take you down,

'cause I'm going to Strawberry Fields.


Nothing is real

and nothing to get hung about.

Strawberry Fields forever.”

 

 

Elisa Santos

  

14
Dez10

Patricia C. McKissac

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Acaba de ser traduzido para francês a obra de Patricia C. McKissac. Em inglês "Nzhing: Warrior queen of Matamba". Em francês "Nzhinga, princesse africaine 1595-1596". Trata-se de um suposto diário que esta Rainha africana teria escrito durante um ano, teria ela 12 anos de idade. O diário trata dessa adolescência no contexto do que viria  a ser Angola, no momento da colonização aguerrida dos portugueses e, em particular no contexto da escravatura. Completamente ficccionado este diário tem a qualidade de apontar o que terá sido esta personagem esclarecida, futura rainha, negociadora implacável, que aprendeu a escrever português para "melhor conhecer o pensamento do seu inimigo" e ainda nos permite ter uma noção da complexa e fascinante da estrutura política e social do reino Ngola.

 

13
Dez10

Celéstin Monga

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Celéstin Monga, economista camaronês com uma longa história de luta por melhores políticas no seu país, é entrevistado aqui. Fala de economia, de política, de justiça, e fá-lo a partir de dentro: dentro de África, dentro da Europa, dentro do Banco Mundial. Em período de comemoração dos 50 anos de independência de muitos dos países africanos, "Niilismo e Negritude" uma das últimas obras do camaronês, "parte de uma visão particular do niilismo (“A esperança é a verdadeira matéria-prima e a verdadeira riqueza da África, mas se trata de uma esperança niilista, confinada”, diz ) para rever o legado dos intelectuais que fundaram o movimento Negritude, como o antilhano Aimé Césaire e o senegalês Léopold Sédar Senghor, e propor, em ensaios curtos, reflexões sobre os saberes tradicionais africanos e os dilemas políticos contemporâneos do continente."

 

Do blog, Ocupações Temporárias

10
Dez10

Lettre à Delacroix

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Em edição de bolso da Folio, acaba de sair mais uma experiência literária do escritor marroquino há muitos anos a viver em Paris. Desta vez trata-se de, a partir dos desenhos em aguarela feitos por Eugène Delacroix em Marrocos em 1832 quando para ali viajou, escrever uma carta ao pintor em jeito de homenagem ao modo como o pintor tão bem retratou o "seu povo" e os ambientes quentes da África do Norte. Lindíssimas são as reproduções a cores de muitas dessas aguarelas, bem como as referências ao Diário de Viagem que Delacroix também realizou.

 

 

 

09
Dez10

A ver em Paris

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Um museu que investe muito seriamente na apresentação de arte africana tradicional e erudita. É o Museu Dapper que apresenta até 10 de Julho de 2011 a EXPOSIÇÃO Angola Figures de Pouvoir. Um exposição composta por uma primeira parte dedicada à obra do artista plástico António Olé e uma segunda parte que reune peças extraordinárias provenientes de várias colecções públicas e privadas de escultura, estatuária, máscaras, tecidos e utensílios de rito de Angola, ou mais precisamente, do antigo reino do Congo. A ver, aqui, ou lá.

 

 

 

(CHOKWE) Angola, figures de pouvoir

 

E uma exposição de fotografia de artistas sul-americanos com obras desde os anos 30 do século passado à actualidade: Fragments Latino-Américains. São dezasseis fotógrafos de nove países e é uma exposição a ver para conhecer a excelência desta tradição fotográfica. Na Casa da América Latina em Paris.

 

 

 

 Roberto Humacaya

09
Dez10

World Festival of Black Arts

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