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Próximo Futuro

Próximo Futuro

30
Jun10

Quase a explodir

Próximo Futuro

 

30 de Junho, quarta-feira, às 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

 

Carregado de uma energia contagiante, o filme mexicano Voy a Explotar gira em torno da fuga romântica de Roman, 15 anos, filho de um respeitado embora corrupto político mexicano, e Maru, uma adolescente introvertida de classe média.

 

«A terceira longa-metragem do realizador Gerardo Naranjo chega-nos com uma forte recomendação: entre os seus muitos produtores executivos contam-se Gael Garcia Bernal e Diego Luna, melhores amigos de infância na vida real que interpretavam os adolescentes melhores amigos Julio e Tenoch, numa viagem com uma mulher de trinta e poucos anos no filme Y Tu Mama Tambien, um marco no cinema mexicano. E quando ficamos a saber que Naranjo foi ele próprio um adolescente rebelde em Salamanca (México), onde nasceu, e que aí fundou um cineclube universitário chamado Zéro de Conduite, nome da pequena obra-prima de Jean Vigo sobre a revolta dos alunos de uma escola, não nos surpreende que o seu filme Voy a Explotar seja sobre jovens em fuga. O que é invulgar é a forma como o filme evita muitos lugares-comuns dentro do género “Jovens Incompreendidos”. (…) O casal desesperado que tenta deixar para trás a grande cidade traz-nos à memória Pierrot le Fou, de Godard.» – John Walsh, The Independent, Jan. 2010

 

«Acho que nunca tinha visto um filme em que dois amantes em fuga não tivessem razões para se revoltarem. No México, neste momento, vivemos um período muito particular da história. Andamos distraídos com os media, a moda, a televisão, e não sabemos para que lado nos havemos de virar. Por isso quis mostrar neste filme um casal que tenta fazer uma revolução, sem ter nada a que se agarrar. Não têm livros, não têm filmes, estão perdidos, sem referências. Espero que Voy a Explotar possa servir como inspiração aos miúdos mexicanos para irem à procura de qualquer coisa em nome da qual possam lutar.» – o realizador, Gerardo Naranjo, em entrevista à Time Out de Londres, Jan. 2010

30
Jun10

Lição de Victor Borges

Próximo Futuro

30 de Junho. 18:30

Auditório 2. Entrada livre

 

DESAFIOS DE DESENVOLVIMENTO: TRANSFORMAÇÕES SOCIETAIS E PRÓXIMO FUTURO.

Victor Borges

 

«Será que as forças exógenas e globais de transformação do mundo, as agendas de desenvolvimento dos Governos e as tendências internas e profundas das sociedades são espontaneamente compatíveis e/ou harmonizáveis? Será que a globalização e, particularmente, a revolução das TIC’s deixam espaços e credibilidade para ’projectos de sociedade‘? Deixar acontecer ou fazer acontecer o ’próximo futuro‘? Eis a questão!

Como antecipar ou criar o ’próximo futuro‘ sem cair no messianismo ou na resistência vã ao poder crescente - político, económico, social e mágico-sedutor - da ciência e da tecnologia sobre indivíduos e sociedades? Que implicações para a governação dos países (desenvolvidos e em desenvolvimento) e para as relações de cooperação internacional? A Lição pretende debater a (in)aceitabilidade da ideia (ou ilusão) de gestão das transformações societais, os desafios, dilemas e limites para a acção dos agentes de mudanças (teleológicas) - os ’desenvolvedores’.»

 

VICTOR BORGES nasceu em Assomada, Cabo Verde, em 1965. É Membro do Conselho de Administração do Instituto da UNESCO para a Aprendizagem ao Longo da Vida, em Hamburgo. Mestre em Psicologia pela Universidade de Paris, frequentou o doutoramento em Educação e Desenvolvimento na mesma Universidade. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Ministro da Educação e da Valorização dos Recursos Humanos e Ministro da Educação, Cultura e Desporto. De entre os seus domínios de interesse e intervenção, destacam-se as áreas de planeamento e reforma educativa, a cultura e as mudanças sociais e o desenvolvimento, social, local e urbano.

28
Jun10

Próxima sessão de cinema ao ar livre

Próximo Futuro

LOS VIAJES DEL VIENTO

Ciro Guerra, Colômbia, 2008, cor, 118’

29 de Junho, terça-feira, 22h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian. Preço: 3 euros

Filme legendado em português

 

 

 

«A música é uma parte importante da vida dos colombianos, acompanha-os em cada momento, desde que nascem, durante o crescimento, desde o primeiro amor até à morte – a música está sempre presente.» - Ciro Guerra, realizador

 

«As paisagens magníficas e variadas da Colômbia desempenham um papel central neste filme de Ciro Guerra (…) Através desta dupla fora do comum [Ignacio e Fermín], Guerra cria uma homenagem evocativa dos encantos da sua terra natal e da música dos seus celebrados acordeonistas. (…) Enquanto ponto alto do filme, o duelo de acordeões é tão dramático e inesperado que se torna uma experiência simplesmente imperdível.» - Diana Sanchez, Toronto International Film Festival

28
Jun10

Lição de Mamadou Diawara (Mali)

Próximo Futuro

29 de Junho, terça-feira, 18h30

Auditório 2. Entrada livre

Transmissão em directo online:  http://live.fccn.pt/fcg/

 

MÉDIA, MÚSICA E NORMAS EM ÁFRICA

Mamadou Diawara

 

O conhecimento é criado de acordo com normas, que são adaptadas, reajustadas e alteradas em função do meio e dos actores envolvidos. Aqui, a cidade e os seus moradores ou, por outras palavras, o contexto moderno, assumem um papel muito significativo. A música e a performance foram, e são, principalmente, um fenómeno social, político e económico, altamente complexo. Esta comunicação analisa as formas como as pessoas envolvidas no mundo da música, em África, se referem aos diferentes registos de referências, em função das circunstâncias, para produzir e vender o seu produto. Por um lado, estes registos podem ser tão imediatos como os locais para onde costumam emigrar, na Europa e na América, por exemplo; também podem ser a cidade, a aldeia e os media modernos (rádio, televisão, telemóveis, web). Por outro lado, podem parecer tão distantes e abstractos como os antepassados e os velhos meios de comunicação locais. Que ligações há entre a produção contemporânea e a criatividade na África dos nossos dias? Como se transformarão as normas instituídas no passado e como serão elas vendidas no mercado mundial?

 

MAMADOU DIAWARA é director do Institut für Historische Ethnologie, professor de Antropologia e subdirector do Frobenius Institut na Universidade Johann Wolfgang Goethe, em Frankfurt/Main. É doutorado em Estudos Africanos (História e Antropologia) pela EHESS, em Paris. Desde 1997, é director fundador do “Point Sud”, no The Center for Research on Local Knowledge, em Bamako, no Mali. Entre 1996 e 1997, foi professor de Antropologia e História “Henry Hart Rice”, do Yale Center for International and Area Studies, na Universidade de Yale, e, entre 2002 e 2003, foi professor de História na Universidade da Georgia, Athens, nos Estados Unidos.

25
Jun10

Tout Puissant Orchestre Poly-Rythmo

Próximo Futuro

 

Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou

27 de Junho, domingo, às 19h

Anfiteatro ao ar livre da Fundação Gulbenkian

 

Banda lendária do Benim, que tocou várias vezes com Fela Kuti. Se perguntarem por eles nos bares e nas casas nocturnas de Cotonou, a resposta que ouvirão será sempre: “Poly-Rythmo? Que banda incrível!”

 

A Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou foi formada em 1969, produzindo um som ligado aos ritmos complexos das cerimónias sagradas do voodoo do Benim, que teve muito menos exposição do que a música da santeria cubana, o voodoo haitiano ou o candomblé brasileiro. Pegando nos sucessos musicais que nessa altura se ouvia no Ocidente, a Orchestre Poly-Rythmo criou um repertório tão original como explosivo.

 

Tornar-se-iam conhecidos no Benim e em toda a África Ocidental, gravando mais de 500 canções. Começaram por comprar instrumentos eléctricos através do seu promotor local, mas quando ele partiu para se juntar à mulher em Paris, as coisas complicaram-se. “As nossas famílias pressionavam-nos para deixarmos de tocar”, conta Mélomé Clément, fundador e líder da Orchestre Poly-Rythmo. “Depois com Pierre Loko (sax), Gustave Bentho (baixo), Maximus Ajanohoun (guitarra) e Eskill Lohento (voz) tornámo-nos a banda residente no clube Canne à Sucre”. O proprietário da loja Poli Disco comprou-lhes instrumentos e queria que se chamassem Poly-Orchestra. Escolheram então o nome “Tout Puissant Orchestre Poly-Rythmo” porque tocavam todos os tipos de ritmo e porque pareciam electrificados.

25
Jun10

Lição do arquitecto Pablo Brugnoli, este sábado

Próximo Futuro

26 de Junho. 18:30

Auditório 2. Entrada livre

Transmissão em directo online:  http://live.fccn.pt/fcg/

 

CIUDAD SUR

Pablo Brugnoli

 

“Ciudad Sur” é o traçado dos movimentos das ideias e dos corpos que se deslocam pelo cone sul da América. O interesse comum consiste no repensar as nossas cidades, a partir do próprio local, com ferramentas que falem mais sobre os sistemas organizacionais tendentes a uma reconstrução comunitária do que sobre postais exóticos. “Ciudad Sur” é uma revisão de ideias, práticas e projectos de grupos de trabalho, colectivos, arquitectos e artistas, que estão a trabalhar nestes temas desde há 10 anos na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.

 

PABLO BRUGNOLI ERRÁZURIZ nasceu em 1975, em Santiago. É Arquitecto pela Universidad Católica de Valparaiso (2001), académico em diversas universidades no Chile, director de SPAM_arq, "Plataforma para la exploración y difusión de las nuevas condiciones de la ciudad actual", editor da revista SPAM_mag, publicação do grupo, e da revista Materia Arquitectura, da Escola de Arquitectura da Universidad San Sebastián. Proferiu conferências na Argentina, Chile, Brasil, Uruguai, Espanha e Dinamarca. Recentemente, participou como co-curador da exposição internacional “Post-it City”.

25
Jun10

Hechos Consumados, este fim-de-semana

Próximo Futuro

 

 

25 e 26 de Junho (sexta e sábado), 21:30           

Grande Auditório da Fundação Gulbenkian

 

HECHOS CONSUMADOS (Chile)

Companhia Teatro La Memoria

Encenação: Alfredo Castro

Autor: Juan Radrigán

Com: Amparo Noguera, José Soza, Rodrigo Pérez y Felipe Ponce.

 

Façamos o seguinte exercício especulativo: se Beckett fosse chileno como teria escrito? Como teria encenado? É um mero exercício sem resposta digna de qualquer crédito científico. E, contudo, ao vermos “Hechos Consumados” e a sua encenação e cenografia, é de Beckett que muito nos lembramos.

apr

25
Jun10

José del Pozo na Fundação Gulbenkian

Próximo Futuro

Esta sexta-feira, dia 25 de Junho, o historiador chileno José del Pozo vai estar no Auditório 2, às 18h30, para proferir a lição América Latina: Perante uma Redefinição da Região?

 

Como sempre, pode acompanhar estas intervenções online, em directo, aqui. Entretanto relembremos o que aqui ficou escrito, em Agosto do ano passado:

 

«Já está disponível a segunda edição revista e actualizada da Historia de América Latina y del Caribe do historiador chileno José del Pozo. É uma obra de referência para um conhecimento profundo deste Continente político, geográfico, económico e cultural. Tem como qualidades evidentes a clareza da linguagem, a exposição de factos, o recurso às estatísticas e a convocação de outras obras de autores especialistas nesta questão. Para quem constitui um enigma o tipo de evolução histórica dos países que constituem esta região, o livro historiciza, expõe dados, explicita a partir de factos. Tem ainda o mérito de combinar a história económica com a história política e dividindo esta história por períodos torna claro os progressos ou os retrocessos de políticas e de regimes adoptados. Para explicar as situações de desigualdade social, de regimes totalitários que aconteceram, de violência que caracteriza esta região, José del Pozo é claro: tal se deve a uma violência desde a conquista sobre os indígenas (que hoje permanece tomando outras formas), o militarismo que se seguiu às independências e que se traduziu na apropriação pelos militares de direitos, regalias, poderes e de recursos, todos eles excessivos, a formação de oligarquias despotistas de uma pequena elite de proprietários associados aos militares, guerras éticas permanentes, conflitos entre países vizinhos, a incapacidade de superar a crise mundial de 1929, interferência e agressão dos EUA (excepto no período Roosevelt) e mais tarde o alastramento da Guerra Fria a esta região do globo, a excessiva dependência do comércio externo, incapacidade de criar regimes democráticos permanentes. Mais recentemente a partir de 1990 e depois do período populista generalizado, o autor avalia a evolução generalizada do neo-liberalismo que, segundo ele, em nada resolveu os problemas centrais dos conflitos étnicos, a redução necessária da distância entre ricos e pobres (são impressionantes os dados sobre os multimilionários latinos e os níveis de pobreza) e o acesso à educação. Ressalvando as diferenças que existem na actualidade entre os países, seus regimes e seus líderes o autor termina a obra assumindo que um melhor horizonte para os países mais críticos passa pela defesa de governos mais comprometidos com a justiça social e desenvolvimento nacional, por uma atenção especial às questões éticas e, em especial e uma maior autonomia no contexto internacional. Uma cronologia que se inicia com a Guerra da Sucessão Espanhola (1700-1713) e acaba com o plebiscito em Março de 2009 na Venezuela que permite uma re-eleição constante de Hugo Chávez demonstra a ambição legítima desta obra. Em jeito de comentários por períodos históricos o autor faz uma história da cultura popular e erudita destes países, sendo assim possível recordar e sistematizar os clássicos destes países, as suas influências e as personagens históricas: de José Maria Velasquez a Jennifer López.»

 

apr

23
Jun10

When We Were Black, 23 e 24 de Junho

Próximo Futuro

 

23 de Junho, quarta-feira (1ª parte)

24 de Junho, quinta-feira (2ª parte)

Anfiteatro ao ar livre, 22h

 

When We Were Black conta em dois episódios uma história sobre a passagem para a idade adulta, mas também sobre a forma como a história e a política podem moldar a identidade individual. O filme procura fazer análise de como as identidades e as histórias pessoais podem coincidir e relacioná-las com acontecimentos políticos mais abrangentes. É um filme complexo, encantador e inteligente, com um apelo universal.

 

Esta mini-série foi rodada para televisão em quatro semanas, entre Setembro e Outubro de 2006. Premiada em sete categorias, incluindo a de Melhor Realização e de Melhor Série Dramática de Televisão, nos South African Film and TV Awards, em 2008 também esteve em competição na 21ª edição dos Rencontres Internationales de Television de Reims (França).

 

When We Were Black conta com um convidado especial no elenco, o actor sul-africano Presley Chweneyagae (conhecido por ter entrado no filme Tsotsi, vencedor em 2005 do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), que no filme recita o poema histórico de Ingoapele Madingoane "Africa my Beginning".

 

Ingoapele Madingoane é o nome cimeiro de uma geração de poetas que trabalhava no Soweto no final dos anos 70, autor da obra seminal da literatura de “consciência negra” sul-africana, Africa my Beginning, publicada pela Ravan Press em Joanesburgo, em 1979. O livro foi banido pelas autoridades do apartheid dois meses depois de ser publicado. O poema, que se seguiu a um outro épico “Black Trial” (Julgamento Negro), foi largamente recitado por Ingoapele no Soweto, antes e depois da sua publicação e subsequente proibição. Acabou por tornar-se tão popular junto dos mais jovens que muitos miúdos e estudantes no Soweto sabiam o poema inteiro de memória. Ingoapele Madingoane morreu em 1996.

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