Omar Souleyman é uma estrela da música popular da Síria. Editou já para cima de 500 discos e cassetes (tanto em estúdio como ao vivo). Com uma carreira de 15 anos, recolhe vocabulários musicais da sua terra natal, do Iraque, Turquia e da vasta população Curda. Trabalhando desde o Dabke (música de dança folclórica regional), acompanhado de um indescritível som de teclado em escalas arábicas infernais, emprega também orquestrações de metais, cordas e percussão. Paralelamente, tem constantemente procurado explorar formas de canto improvisado tradicional, de pendor mais meditativo.
No dia 21 de Junho, às 19h00 em concerto com o Group Doueh.
Sessão de Djs Sublime Frequencies (na esplanada do Centro de Arte Moderna) e projecção de filmes Sublime Frequencies a partir das 17h00.
D. Josefina Amélia dos Prazeres Santos Tembe viajando no tejadilho do calhambeque "Chapa 100" ia à cidade de Maputo vender uma trouxa de 8 couves quando aquele frufru da rajada não deixou.
A casa do artista plástico José Bechara (Rio de Janeiro 1957; http://www.josebechara.com/) teve a sua primeira figuração no contexto de um workshop no Paraná, em Maio de 2002. Então a casa, literalmente uma casa, colorida, tropical, expulsava os seus haveres de um modo quase lúdico, quase infantil, quase rebelde. Era o início de um outro – mais um - processo de criação e de experimentação, prática obsessivamente permanente do artista. Depois a casa apareceu mais tarde na quase-forma com que é instalada aqui no pátio em frente ao Museu Gulbenkian. A casa assume agora o lado absolutamente físico, atlético da sua condição de construção e o lado metafórico da condição de vida. Nesta casa temos, pois, algo que vem de outros trabalhos e suportes de José Bechara como as lonas de camiões oxidadas, as peles curtidas de bovinos como telas, as folhas de papel enferrujadas e suspensas. O lado físico, o lado do confronto entre o corpo e a construção artística plástica é da ordem da criação do artista. Por isso é possível falar nesta dimensão atlética da casa, da sua fisicalidade, de fluidos que são os móveis e os pertences expulsos pelos orifícios da casa que faz com que expressões como a ’casa vomita‘, a ’casa cospe’,”a ’casa expulsa‘, numa aparente elegância que lhe é dada pela composição, tenham todo o sentido. E é neste momento que nos aproximamos da metáfora possível desta casa: a casa não contém mais a tensão no seu interior seja ela social, psicológica, afectiva, política e tem de expulsar. Mas é na forma desta expulsão que está também a pertinência desta obra porque este movimento é de regeneração do interior da casa, da vida e do que faz as ideias. Para Bechara, no contexto de toda a sua obra, é fulcral a regeneração, a capacidade de fazer circular a energia nas suas várias expressões: na arte, no dinheiro, nas cidades, nas casas e nada disto é apocalíptico. Pelo contrário, o vazio que se imagina ficará como fim no interior da casa e é, em segredo, quase um poema haiku ou um aforismo essencial sobre a vitalidade, sobre a energia da criação.
Em cima, os preparativos para "A Casa". A partir do dia 20 de Junho.
as estrelas levam-nos o coração porque as estrelas não têm o mínimo desejo de nos devorar! as estrelas trocam-nos o coração pelo coração de uma estrela as estrelas levam-nos o coração e dão-nos o coração de uma estrela e nunca mais teremos fome
porque as estrelas dizem: ‘Tsau! Tsau!’ e os bosquímanos dizem que as estrelas amaldiçoam os olhos do antílope as estrelas dizem: ‘tsau’, dizem: ‘Tsau! Tsau!’ amaldiçoam os olhos do antílope cresci a ouvir as estrelas as estrelas dizem: ‘Tsau! Tsau!’
é sempre Verão quando ouvimos as estrelas dizer Tsau
Composto por /HAN#KASS'O ( - ); convertido num poema por Antjie Krog
I’m a creep, I’m a weirdo, what the hell am I doing here, I don’t belong here Radiohead, ‘Creep’ (Pablo Honey)
quem me dera poder levantar-me como ontem tomar banho, vestir-me, ir trabalhar como ontem mas hoje é outro dia hoje, tudo o que sei se perdeu e tudo o que se perdeu sou eu talvez amanhã seja melhor se eu conseguir sobreviver ao perigo de hoje
O jardim da Fundação Gulbenkian é um lugar de culto. Começa por ser um jardim magnificamente desenhado pelo Arquitecto Ribeiro Telles - de algum modo inspirado numa ilha paradisíaca conforme o autor, com uma flora diversificada com fortes traços do sul, para se tornar num lugar cheio de histórias de espectáculos, de lições públicas, por onde passam visitantes cujos maiores propósitos são lúdicos, de encontros ou de leituras prazenteiras. No Verão, as sombras das árvores protegem os passeantes do calor tórrido que em certos dias se faz sentir, que indicia que estamos no Sul,e, a este propósito, desde 2006, têm sido instalados toldos que, no seu conjunto, perfazem um caminho que começou por ser um passeio de sombra que protegia do sol abrasador e, posteriormente, esta função foi associada à função de suporte de telas impressas. Este ano este passeio terá inscrito, ao longo dos seus 80 metros, poemas de autores da mais variada região cultural, clássicos, modernos e contemporâneos.
A partir do dia 20 de Junho, e até ao dia 30 de Setembro, no Jardim Gulbenkian