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Próximo Futuro

Próximo Futuro

15
Nov11

"Percepção e representação contemporâneas de África e da América Latina": HOJE e AMANHÃ na Gulbenkian (Lisboa)

Próximo Futuro

© Filipe Branquinho, "Vendedor ambulante de flores", 2011.

Cortesia do artista

 

 

É hoje, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, das 09h30 às 17h30, que se realiza a primeira apresentação do "Observatório de África e da América Latina".

Resultante dos workshops de investigação que o Programa Gulbenkian Próximo Futuro concretizou desde 2009, este seminário será constituido por comunicações de investigadores ligados a universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais.

Fruto da parceria com o Théâtre de La Ville de Paris, este modelo de seminário será concretizado no dia 17 de Novembro, na capital francesa, com investigadores aí radicados.

 

 

PROGRAMA

09H30

 

LUÍSA VELOSO

Das categorias de pensamento às categorias de conhecimento

Com esta apresentação, propõe-se discutir os processos sociais de reflexão e construção de categorias de pensamento sobre a realidade, construção entendida em sentido lato, abarcado desde as actividades de investigação, de intervenção social (política, intelectual, etc.) até às de expressão artística. Estas convertem-se em categorias de conhecimento, mais ou menos elaboradas, mais ou menos destinadas a um ’uso’ ordinário ou extraordinário, traduzindo-se na construção de quadros de conhecimento estruturados. A realidade é, neste sentido, objecto de um processo de estruturação em função dos quadros de pensamento tendencialmente dominantes. No entanto, são múltiplas as leituras existentes e, ainda que nem sempre dominantes, são dotadas de especificidades próprias. Perspectiva-se equacionar esta dupla existência dos quadros de conhecimento dominantes e dos ’outros’ e algumas das estruturas de relações entre ambos.

 

Luísa Veloso é socióloga e investigadora no Centro de Investigação e Estudos em Sociologia, do Instituto Universitário de Lisboa, desde Março de 2008. Foi docente na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, entre 1990 e 2008. Licenciada e doutorada em Sociologia, tem desenvolvido actividades de investigação em áreas diversas, com particular ênfase na Sociologia do Trabalho, da Ciência e Inovação e da Educação. É co-programadora do Ciclo Documente-se, desde a sua criação (2008), e do Ciclo de Cinema Rupturas, que teve lugar na Cinemateca Portuguesa (2010). É autora de diversos livros e artigos.

 

MAGDALENA LÓPEZ

A melancolia geradora do fracasso utópico em Cuba

A literatura cubana das últimas duas décadas oferece variados testemunhos sobre o fracasso do sonho socialista. No entanto, o fim da fé na utopia não tem implicado a perda de sentido. O estudo de “La novela de mi vida”, de Leonardo Padura (2002), “Muerte de Nadie”, de Arturo Arango (2004), e “Otras plegarias atendidas”, de Mylene Fernández Pintado (2003), mostrará os imaginários emergentes que se depreendem da ligação entre utopia, fracasso e melancolia, para sugerir subjectividades alternativas ao discurso oficial.

 

Magdalena López é investigadora de pós-douramento no Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa. Tem um doutoramento em literatura latino-americana da Universidade de Pittsburgh. Especializa-se em temas sobre cultura e literatura do Caribe hispano-americano. Tem publicado vários artigos, entrevistas e resenhas na imprensa (Latin American Research Review,  Revista Iberoamericana, Dissidences, La Habana Elegante y Revista Encuentro de la Cultura Cubana).  O seu último livro intitula-se "Nuestra América: Imaginarios sobre Estados Unidos en Cuba y República Dominicana". Actualmente, desenvolve um projecto de investigação comparativo entre as literaturas recentes das ilhas de Porto Rico, Cuba e a República Dominicana.

 

[10h50 – 11h10 Pausa para café/chá]

 

ANA SÉCIO

África no Imaginário Português: Corpo e Identidade na Arte Contemporânea Portuguesa

África integra o imaginário português desde há séculos. Cenário que tem início com as Navegações e que adquire mais expressão a partir dos finais do século XIX, com o maior impacto da colonização portuguesa. Há, ainda, que assinalar a ideologia oficial do Estado Novo e o pós-25 de Abril, que conta com as memórias dos ex-colonos e dos seus descendentes, elementos que, em muito, contribuem para a configuração deste imaginário. O Portugal pós-colonial assume-se como um importante ponto de chegada de indivíduos de diferentes nacionalidades, onde o convívio e o debate entre as representações de África se fazem notar. Nesta comunicação, partindo da noção de mito postulada por Roland Barthes, em “Mitologias”, pretendemos reflectir sobre a dimensão mítica de algumas dessas representações na arte contemporânea portuguesa, sobretudo no que concerne ao corpo e à configuração de identidades plurais, porque forçosamente multiculturais.

 

Ana Sécio é aluna do mestrado de Estudos de Cultura, na Universidade Católica Portuguesa, onde fez a licenciatura em comunicação social e cultural, na variante cultural. Estagiou na RDP África, colaborando em programas como “Escrever na Água”, “Nakurandza Moçambique” e “Djumbai”. Tem trabalhado na área de produção de conteúdos para programas televisivos.

 

 

ANTÓNIO PINTO RIBEIRO

 

Itinerário exaltante

A questão da representação é central na História Cultural do Ocidente - não é por acaso que Aristóteles lhe dedica uma parte substantiva da sua obra - e tornou-se um tema fulcral em toda a produção teórica tanto nos Estudos de Cultura como nos mais subtis estudos do pós-colonialismo. A representação não só reforça a ideia e a marca da ausência, e a sua substituição por outro significante, como é um acto de criação e nesse sentido resulta de uma subjectividade onde a ideologia e o biográfico tomam papéis preponderantes. No caso concreto de obras documentais (ou que se afirmam como tal) de escritores europeus, em que resulta esta criação? Tomaremos como estudo de caso um exemplo emblemático de uma obra inovadora sobre os territórios ex-colonizados que é “Baía dos Tigres”, de Pedro Rosa Mendes, para tentar entender a construção social resultante desta representação particular.

 

António Pinto Ribeiro nasceu em Lisboa. A sua formação académica foi feita nas áreas da Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais. É nestas áreas que tem desenvolvido o trabalho de investigação e de produção teórica publicado em revistas da especialidade. É professor-conferencista de várias universidades internacionais e professor-associado da Universidade Católica. A par da sua actividade de investigador e de professor tem tido uma prática de programação artística e de gestão cultural com a organização de vários programas, festivais e exposições nacionais e internacionais. É o Programador-Geral do Programa Gulbenkian Próximo Futuro.

 

Moderadora: Fátima Proença (ACEP)

 

 

[12h30-14h30 Pausa para almoço]

 

 

FÁTIMA PROENÇA

Entre o entretenimento e a assistência: ’comunicação’ e ’ajuda’ como contributos para a fragilização e a dependência

Diversas formas actuais da ’sociedade do espectáculo’, tal como caracterizada por Debord há mais de três décadas, oferecem-nos construções também actualizadas do ’fardo do homem branco’, voltando a aprisionar África numa teia de conceitos, onde ’humanitário, ’fragilidades’, ‘necessidades’ arriscam ser a nova linguagem de velhas relações de poder. Num quadro de procura de construção de múltiplas cidadanias, há legitimidade para papéis como os de espectadores ou de aprendizes de feiticeiro?

 

Fátima Proença intervém na cooperação não governamental para o desenvolvimento desde a década de 80, em processos de investigação/acção, de inovação na documentação e comunicação sobre África e de advocacia na sociedade portuguesa, em colaboração estreita com organizações da sociedade civil africana. Dirige, desde 1997, a ACEP – Associação para a Cooperação Entre os Povos, ONG e, entre 2002 e 2008, presidiu à Plataforma portuguesa de ONGD.

 

FREDERICO DUARTE

Factor Favela

O Brasil é hoje mais do que uma nação tropical de praia, samba e futebol: é uma superpotência do século 21. Está, por isso, na hora de o mundo, ou pelo menos o mundo do design, prestar a devida atenção ao design brasileiro. Mas também está na hora de os designers brasileiros tratarem o seu povo, um de seus principais valores, com o respeito que ele merece. De que forma é que a prática, a cobertura jornalística, a curadoria e a crítica académica do design brasileiro estão a misturar origem com identidade, oportunidade social com oportunismo de design, ’gambiarra‘ com inovação frugal, realidade com estereótipo?

 

Frederico Duarte estudou design de comunicação em Lisboa e trabalhou como designer na Malásia e em Itália. Em 2010 concluiu o mestrado em crítica de design na School of Visual Arts em Nova Iorque. Enquanto crítico e curador de design tem, desde 2006, escrito artigos e ensaios, contribuído para livros e catálogos, dado palestras e workshops, comissariado exposições e organizado eventos sobre design, arquitectura e criatividade. Actualmente lecciona na ESAD, Caldas da Rainha, e na Faculdade de Belas Artes, da Universidade de Lisboa.

 

[15h50 – 16h10 Pausa para café/chá]

 

ALEXANDRE ABREU

 

Migrações e Desenvolvimento

 

A questão dos nexos causais entre as migrações e o desenvolvimento dos territórios de origem, nomeadamente no âmbito de espaços sociais transnacionais criados e sustentados por migrantes, tem sido objecto de atenção acrescida nos últimos anos. Neste contexto,  o caso da comunidade de origem guineense residente em Portugal constitui um exemplo particularmente interessante, em virtude do carácter e intensidade das práticas transnacionais que tem desenvolvido de forma particularmente consistente. Serão apresentados alguns elementos exemplificativos destas práticas e dos seus efeitos ao nível das famílias e comunidades de origem na Guiné-Bissau, os quais servirão posteriormente como base para uma breve reflexão mais ampla, em torno da fluidez do significante ’desenvolvimento‘, no contexto deste debate.

 

Alexandre Abreu colabora com o Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (CEsA) do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (ISEG/UTL), no contexto de dois projectos que se enquadram nas actividades do Observatório ACP (África, Caraíbas e Pacífico) para as Migrações - uma iniciativa dinamizada pela Organização Internacional para as Migrações, de cujo Conselho Consultivo o ISEG/UTL é um dos membros institucionais. Um destes projectos, que se encontra actualmente em curso, procura identificar o potencial de desenvolvimento da diáspora guineense residente em Portugal e em França, para o desenvolvimento do seu país de origem. Recentemente, concluiu o seu projecto de doutoramento, desenvolvido na School of Oriental and African Studies, da Universidade de Londres, o qual incidiu sobre a economia política das migrações e desenvolvimento na Guiné-Bissau.

 

 

SOFIANE HADJADJ

Edições Barzakh

No dia-a-dia, o meu trabalho consiste em dar conta do mundo, do real, editando em Argel ensaios e romances. Num contexto político, económico e social conturbado – desde a célebre ’Primavera árabe‘ aos diversos conflitos que grassam por África – onde escasseiam as liberdades. E não deixo nunca de me interrogar acerca do sentido da minha profissão. Sou constantemente compelido a justificar os meus actos: qual a utilidade de publicar livros? E que livros? Escrever e editar constituem para mim duas formas de resistência perante as desordens do mundo: resistir às proibições, resistir às instrumentalizações, resistir ao desespero.

Mas, em meu entender, a questão essencial é saber que ideias almejamos promover, que histórias pretendemos contar aqui na Argélia, ou seja no Norte de África, que pertence ao mundo árabe. Se é não só aquilo que ‘pretendemos’ mas ainda aquilo que ‘podemos’.

O pensamento ou a ficção não são neutrais. As ideias, as histórias, são testemunhos daquilo que somos, daquilo que vivemos, do nosso imaginário, isto é da nossa capacidade para nos libertarmos de cangas ideológicas e de nos projectarmos para horizontes abertos.

Actualmente, dadas as recentes reviravoltas, procuro pensar naquelas que poderiam ser as ‘novas’ ideias, as ‘novas’ narrativas que, de outra maneira, contariam África, o mundo árabe, distanciando-se tanto quanto possível dos clichés sobre o terrorismo, a pobreza ou as mulheres; estando nós no cruzamento de tantas influências (Mediterrâneo, Saara, Europa, Islão…), como será possível inventar novos sonhos.

 

Sofiane Hadjadj (Éditions BARZAKH) nasceu em 1970, em Argel. Frequentou o ensino secundário e corânico em Tunes e concluiu o liceu em Argel, em 1989. De 1990 a 1997, estudou arquitectura em Paris. Em 1998, regressou a Argélia e, em Abril de 2000, criou, com Selma Hellal, as Edições Barzakh. Trata-se de uma casa editorial dedicada à criatividade e que conseguiu revelar muitas vozes da literatura argelina contemporânea (tanto de língua árabe como francesa). A partir de 2004, esta editora passou a incluir, nas suas publicações, ensaios e livros de arte, assim como desenvolveu parcerias com outras editoras francesas e árabes, nomeadamente Actes Sud (França) e Dar Al-Jadeed (Líbano).

Actualmente, o catálogo das Edições Barzakh é composto por mais de 130 títulos. Em Dezembro de 2010, foram galardoados com o Grande Prémio da Fundação Príncipe Claus dos Países Baixos para a cultura.

Sofiane Hadjadj colaborou em diversas publicações internacionais, quer no mundo árabe quer na Europa. Também foi cronista cultural no El Watan, jornal diário em língua francesa, e na Chaîne 3, da emissora radiofónica nacional. Enquanto escritor, publicou novelas e duas narrativas de que se destaca “Un si parfait jardin” (Le Bec en l’Air, 2008).

 

 

Moderador: António Pinto Ribeiro (PGPF)

 

 

Todos os eventos têm entrada livre, sendo que as conferências dos dias 15 e 16 de Novembro têm tradução simultânea assegurada, bem como transmissão on-line, em versão compatível com IPHONE | IPAD | Android: http://www.livestream.com/fcglive ou http://live.fccn.pt/fcg/ .

 

Mais informações: proximofuturo@gulbenkian.pt

 

 

14
Nov11

"Observatório de África e da América Latina": 15 de Nov. 09h30 - 17h30 (entrada livre)

Próximo Futuro

©Jo Ractliffe, “Comfort Station, FAPLA base, Lobito”, 2008-2010.

Cortesia STEVENSON, Cidade do Cabo e Yossi Milo, Nova Iorque. 

 

 

Amanhã começa a nova temporada de actividades do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, desta vez em parceria com o Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento, para debater a questão da "Percepção e representação contemporâneas de África e da América Latina" através de conferências por parte de diversas personalidades, em Lisboa (Fundação Calouste Gulbenkian) e em Paris (Théâtre de la Ville), nos próximos dias 15, 16, 17 e 18 de Novembro de 2011.

 

A programação é consultável quer no site do Próximo Futuro e no site da Fundação Calouste Gulbenkian, incluindo ainda duas exposições individuais dos fotógrafos Roberto Huarcaya (inaugura na Galeria Palácio Galveias no próximo dia 16 de Novembro às 19h00) e Pieter Hugo (inaugura no Théâtre de la Ville de Paris a 18 de Novembro, também às 19h00).

 

Todos os eventos têm entrada livre, sendo que as conferências dos dias 15 e 16 de Novembro têm tradução simultânea assegurada, bem como transmissão on-line, em versão compatível com IPHONE | IPAD | Android: http://www.livestream.com/fcglive ou http://live.fccn.pt/fcg/ .

 

 

15 Terça / 09h30 - 17h30

“Observatório de África e da América Latina”

SEMINÁRIO

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 3

Entrada livre

 

Primeira apresentação do “Observatório de África e da América Latina”, resultante dos workshops de investigação que o Programa Gulbenkian Próximo Futuro concretizou desde 2009, no qual serão proferidas comunicações de investigadores ligados a universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais.

Fruto da parceria com o Théâtre de La Ville de Paris, este modelo de seminário será concretizado no dia 17 de Novembro, na capital francesa, com investigadores aí radicados.

 

Oradores/investigadores:

 

[09h30]

Luísa Veloso (CIES, IUL)

Magdalena López (CEC, FLUL)

Ana Sécio (FCH/UCP)

António Pinto Ribeiro (PGPF, UCP)

Moderadora: Fátima Proença (ACEP)

 

[14h30]

Fátima Proença (ACEP)

Frederico Duarte (FBAUL)

Alexandre Abreu (CEsA, ISEG/UTL)

Sofiane Hadjadj (Éditions Barzakh, Argélia)

Moderador: António Pinto Ribeiro (PGPF)

 

 

16 Quarta / 10h00 - 18h00

“Percepção e representação contemporâneas de África e da América Latina”

LIÇÕES PRÓXIMO FUTURO

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 2

Entrada livre

 

Ciclo de conferências do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, co-produzido com o Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento e o Théâtre de La Ville de Paris, onde as Lições serão proferidas no dia 18 de Novembro.

 

10h00 - Abertura, Emílio Rui Vilar, Presidente, Fundação Calouste Gulbenkian

Gustavo Franco (Brasil)

Benjamin Arditi (México/Paraguai)

Moderador: António Pinto Ribeiro (PGPF)

 

[Pausa para almoço: 12h45 - 14h30]

 

Serge Michailof (França)

Elikia M’Bokolo (República Democrática do Congo/França)

Moderador: João Gomes Cravinho, Embaixador da UE em Nova Deli

 

 

Mais informações: proximofuturo@gulbenkian.pt

 

 

11
Nov11

nova temporada, próximas terça e quarta em Lisboa

Próximo Futuro

 

O Jornal PRÓXIMO FUTURO N.º 8 já está impresso e em circulação! A capa é da artista americana de origem sul-africana Ayana V. Jackson (n. 1977), que participou nos Encontros Fotográficos de Bamako que estiveram expostos na Gulbenkian (em Lisboa) até Agosto passado, no âmbito do Programa PRÓXIMO FUTURO.

 

 

PROGRAMA GULBENKIAN PRÓXIMO FUTURO – NOVEMBRO 2011

Em parceria com o PROGRAMA GULBENKIAN DE AJUDA AO DESENVOLVIMENTO, co-produzido com o THÉÂTRE DE LA VILLE (Paris) e a Casa da América Latina (Lisboa), com o apoio da CML e da Embaixada do Peru.

 

 

CONFERÊNCIAS LISBOA - PARIS

 

15 Terça / 09h30 - 17h30

“Observatório de África e da América Latina”

SEMINÁRIO

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 3

Entrada livre

Oradores/investigadores: Alexandre Abreu (CEsA, ISEG/UTL), Ana Sécio (FCH/UCP), António Pinto Ribeiro (PGPF, UCP), Fátima Proença (ACEP), Frederico Duarte (FBAUL), Luísa Veloso (CIES, IUL), Magdalena López (CEC, FLUL), Sofiane Hadjadj (Éditions Barzakh, Argélia)

 

Primeira apresentação do “Observatório de África e da América Latina”, resultante dos workshops de investigação que o Programa Gulbenkian Próximo Futuro concretizou desde 2009, no qual serão proferidas comunicações de investigadores ligados a universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais.

Fruto da parceria com o Théâtre de La Ville de Paris, este modelo de seminário será concretizado no dia 17 de Novembro, na capital francesa, com investigadores aí radicados.

 

 

 

16 Quarta / 10h00 - 18h00

“Percepção e representação contemporâneas de África e da América Latina”

LIÇÕES PRÓXIMO FUTURO

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 2

Entrada livre

Conferencistas: Gustavo Franco (Brasil), Benjamin Arditi (México/Paraguai), Serge Michailof (França), Elikia M’Bokolo (República Democrática do Congo/França)

 

Ciclo de conferências do Programa Gulbenkian Próximo Futuro, co-produzido com o Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento e o Théâtre de La Ville de Paris, onde as Lições serão proferidas no dia 18 de Novembro.

 

 

EXPOSIÇÕES LISBOA - PARIS

 

  

16 Quarta / 19h00 (inauguração)

“Subtil Violência”, de Roberto Huarcaya

Curadoria: António Pinto Ribeiro

 

Palácio Galveias

Horário: Ter a Sex 10h-19h; Sáb, Dom 14h-19h

Entrada livre

 

 

 

18 Sexta / 19h00 (inauguração)

“Nollywood”, de Pieter Hugo

Co-curadoria: Federica Angelucci e António Pinto Ribeiro

Théâtre de La Ville, PARIS

 

 

Mais informações no site do Próximo Futuro e/ou através do email proximofuturo@gulbenkian.pt

 

31
Out11

exposições em LISBOA e PARIS: 16 e 18 de Novembro!

Próximo Futuro

ROBERTO HUARCAYA, "Alessandro. Chorrillos

(da série 'Recreación Pictórica', 2009-2011)".

 

 

EXPOSIÇÕES *  LISBOA - PARIS

 

É também no âmbito das actividades PRÓXIMO FUTURO de Novembro (produzidas em colaboração com o Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento) que, paralelamente à realização da 1.ª apresentação do Observatório de África e da América Latina e à 3.ª parte do ciclo das grandes Lições, inauguram duas exposições de fotografia relacionadas com a "percepção e representação contemporâneas de África e da América Latina" (tema geral das conferências que serão apresentadas em Novembro).

 

Ligando as cidades de Lisboa e Paris através de parcerias entre a Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa da América Latina (Lisboa) e o Théâtre de la Ville (Paris), estas iniciativas contam ainda com o apoio da ACEP, Câmara Municipal de Lisboa e Embaixada do Peru.

 

 

No dia 16 de Novembro, em Lisboa, precisamente na sequência das grandes Lições PRÓXIMO FUTURO (Aud. 2 da FCG), inaugura às 19h00, no Palácio Galveias, a exposição do fotógrafo peruano Roberto Huarcaya, intitulada "Subtil Violência".

 

Com a curadoria de António Pinto Ribeiro, a proposta de Huarcaya resulta de um projecto de investigação em torno das representações visuais alusivas à construção da comunidade histórica peruana, partindo de referências locais no sentido de expandir a sua leitura e as suas influências ao nível nacional, regional, continental e, finalmente, global. “Propostas que nos vão dando pistas, informação sobre diversas coordenadas temporais, espaciais e formais, sobre este lentíssimo processo de misturas, desenvolvimento e tensão, de mudanças constantes, que levam o país a transitar, de um modo disperso, para esse propósito de se constituir como nação” (Roberto Huarcaya).

 

 

No dia 18 de Novembro, em Paris, desta vez na sequência da apresentação das grandes Lições no Théâtre de la Ville, inaugura no mesmo espaço, às 19h00, a exposição do fotógrafo sul-africano Pieter Hugo, dedicada ao fenómeno "Nollywood".

 

Nollywood 

 

Na série de fotografias intitulada “Nollywood”, Pieter Hugo confronta o papel do fotógrafo no domínio onde interagem a ficção e a realidade. “Nollywood” é considerada a terceira maior indústria cinematográfica do mundo, lançando perto de 1000 filmes por ano para o mercado de home vídeo. Tal abundância é possível devido ao facto de os filmes serem realizados em condições que assustariam a maioria dos realizadores independentes ocidentais. Os filmes são produzidos e comercializados em apenas uma semana: equipamentos de baixo custo, guiões muito básicos, actores escolhidos no próprio dia da filmagem, locais de filmagem da ’vida real’.

Em África, os filmes de “Nollywood” são um raro exemplo de auto-representação nos meios de comunicação social. A rica tradição de narração de histórias do continente, comunicada de forma abundante através da ficção oral e escrita, é transmitida, pela primeira vez, através dos meios de comunicação social. As histórias na tela reflectem e apelam às vivências do público: os protagonistas são actores locais; os enredos confrontam o espectador com situações familiares de romance, comédia, bruxaria, corrupção, prostituição. A narrativa é exageradamente dramática, sem finais felizes, trágica. A estética é ruidosa, violenta, excessiva; nada se diz, tudo se grita.

Nas suas viagens pela África Ocidental, Hugo tem-se intrigado por este estilo distinto de construção de um mundo ficcional onde se entrelaçam elementos do quotidiano e do irreal. Ao pedir a uma equipa de actores e assistentes para recriar mitos e símbolos de “Nollywood” tal como se estivessem em sets de filmagem, Hugo iniciou a criação de uma realidade verosímil. A sua visão da interpretação do mundo pela indústria cinematográfica resulta numa galeria de imagens alucinatórias e inquietantes.

A série de fotografias retrata situações claramente surreais mas que podiam ser reais num set de filmagens; para além disso, estas estão enraizadas no imaginário simbólico local. Os limites entre documentário e ficção tornam-se bastante fluidos e somos deixados a pensar se as nossas percepções do mundo real são de facto verdadeiras.

 

Federica Angelucci

 

 

Mais informações no site do Próximo Futuro e/ou através do email proximofuturo@gulbenkian.pt

 

24
Out11

OBSERVATÓRIO de ÁFRICA e da AMÉRICA LATINA

Próximo Futuro

Pormenor de uma fotografia de Filipe Branquinho (cortesia do artista)


Falta menos de um mês para a primeira apresentação do OBSERVATÓRIO de ÁFRICA e da AMÉRICA LATINA!

É já no próximo dia 15 de Novembro (3f), às 09h30, no Aud. 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, e a entrada é livre.

Eis as respectivas sinopses... a não perder!

 

O Observatório de África e da América Latina resulta dos workshops de investigação que o Programa Gulbenkian Próximo Futuro concretizou desde 2009. Nesta primeira apresentação serão proferidas comunicações de investigadores ligados a universidades, centros de pesquisa e organizações não-governamentais. Fruto da parceria com o Théâtre de La Ville de Paris, este modelo de seminário será concretizado no dia 17 de Novembro, na capital francesa, com investigadores aí radicados.

 

 

CONFERÊNCIAS *  LISBOA - PARIS

15 Novembro 2011, Terça / 09h30 - 17h30

Edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Aud. 3

Entrada livre

Oradores/investigadores: Alexandre Abreu (CEsA, ISEG/UTL), Ana Sécio (FCH/UCP), António Pinto Ribeiro (PGPF, UCP), Fátima Proença (ACEP), Frederico Duarte (FBAUL), Luísa Veloso (CIES, IUL), Magdalena López (CEC, FLUL), Sofiane Hadjadj (Éditions Barzakh, Argélia)



Migrações e Desenvolvimento, por Alexandre Abreu (CEsA, ISEG/UTL)

A questão dos nexos causais entre as migrações e o desenvolvimento dos territórios de origem, nomeadamente no âmbito de espaços sociais transnacionais criados e sustentados por migrantes, tem sido objecto de atenção acrescida nos últimos anos. Neste contexto,  o caso da comunidade de origem guineense residente em Portugal constitui um exemplo particularmente interessante, em virtude do carácter e intensidade das práticas transnacionais que tem desenvolvido de forma particularmente consistente. Serão apresentados alguns elementos exemplificativos destas práticas e dos seus efeitos ao nível das famílias e comunidades de origem na Guiné-Bissau, os quais servirão posteriormente como base para uma breve reflexão mais ampla, em torno da fluidez do significante ’desenvolvimento‘, no contexto deste debate. (Abstract)

 

África no Imaginário Português: Corpo e Identidade na Arte Contemporânea Portuguesa, por Ana Sécio (FCH/UCP)

África integra o imaginário português desde há séculos. Cenário que tem início com as Navegações e que adquire mais expressão a partir dos finais do século XIX, com o maior impacto da colonização portuguesa. Há, ainda, que assinalar a ideologia oficial do Estado Novo e o pós-25 de Abril, que conta com as memórias dos ex-colonos e dos seus descendentes, elementos que, em muito, contribuem para a configuração deste imaginário. O Portugal pós-colonial assume-se como um importante ponto de chegada de indivíduos de diferentes nacionalidades, onde o convívio e o debate entre as representações de África se fazem notar. Nesta comunicação, partindo da noção de mito postulada por Roland Barthes, em “Mitologias”pretendemos reflectir sobre a dimensão mítica de algumas dessas representações na arte contemporânea portuguesa, sobretudo no que concerne ao corpo e à configuração de identidades plurais, porque forçosamente multiculturais. (Abstract)

 

Itinerário exaltante, por António Pinto Ribeiro (PGPF, UCP)

A questão da representação é central na História Cultural do Ocidente - não é por acaso que Aristóteles lhe dedica uma parte substantiva da sua obra - e tornou-se um tema fulcral em toda a produção teórica tanto nos Estudos de Cultura como nos mais subtis estudos do pós-colonialismo. A representação não só reforça a ideia e a marca da ausência, e a sua substituição por outro significante, como é um acto de criação e nesse sentido resulta de uma subjectividade onde a ideologia e o biográfico tomam papéis preponderantes. No caso concreto de obras documentais (ou que se afirmam como tal) de escritores europeus, em que resulta esta criação? Tomaremos como estudo de caso um exemplo emblemático de uma obra inovadora sobre os territórios ex-colonizados que é “Baía dos Tigres”, de Pedro Rosa Mendes, para tentar entender a construção social resultante desta representação particular. (Abstract)

 

Entre o entretenimento e a assistência: ’comunicação’ e ’ajuda’ como contributos para a fragilização e a dependência, por Fátima Proença (ACEP)

Diversas formas actuais da ’sociedade do espectáculo’, tal como caracterizada por Debord há mais de três décadas, oferecem-nos construções também actualizadas do ’fardo do homem branco’, voltando a aprisionar África numa teia de conceitos, onde ’humanitário, ’fragilidades’, ‘necessidades’ arriscam ser a nova linguagem de velhas relações de poder. Num quadro de procura de construção de múltiplas cidadanias, há legitimidade para papéis como os de espectadores ou de aprendizes de feiticeiro? (Abstract)

 

Factor Favela, por Frederico Duarte (FBAUL)

O Brasil é hoje mais do que uma nação tropical de praia, samba e futebol: é uma superpotência do século 21. Está, por isso, na hora de o mundo, ou pelo menos o mundo do design, prestar a devida atenção ao design brasileiro. Mas também está na hora de os designers brasileiros tratarem o seu povo, um de seus principais valores, com o respeito que ele merece. De que forma é que a prática, a cobertura jornalística, a curadoria e a crítica académica do design brasileiro estão a misturar origem com identidade, oportunidade social com oportunismo de design, ’gambiarra‘ com inovação frugal, realidade com estereótipo? (Abstract)

 

Das categorias de pensamento às categorias de conhecimento, por Luísa Veloso (CIES, IUL)

Com esta apresentação, propõe-se discutir os processos sociais de reflexão e construção de categorias de pensamento sobre a realidade, construção entendida em sentido lato, abarcado desde as actividades de investigação, de intervenção social (política, intelectual, etc.) até às de expressão artística. Estas convertem-se em categorias de conhecimento, mais ou menos elaboradas, mais ou menos destinadas a um ’uso’ ordinário ou extraordinário, traduzindo-se na construção de quadros de conhecimento estruturados. A realidade é, neste sentido, objecto de um processo de estruturação em função dos quadros de pensamento tendencialmente dominantes. No entanto, são múltiplas as leituras existentes e, ainda que nem sempre dominantes, são dotadas de especificidades próprias. Perspectiva-se equacionar esta dupla existência dos quadros de conhecimento dominantes e dos ’outros’ e algumas das estruturas de relações entre ambos. (Abstract)

 

A melancolia geradora do fracasso utópico em Cuba, por Magdalena López (CEC, FLUL)

A literatura cubana das últimas duas décadas oferece variados testemunhos sobre o fracasso do sonho socialista. No entanto, o fim da fé na utopia não tem implicado a perda de sentido. O estudo de “La novela de mi vida”, de Leonardo Padura (2002), “Muerte de Nadie”, de Arturo Arango (2004), e “Otras plegarias atendidas”, de Mylene Fernández Pintado (2003), mostrará os imaginários emergentes que se depreendem da ligação entre utopia, fracasso e melancolia, para sugerir subjectividades alternativas ao discurso oficial. (Abstract)

 

Edições Barzakh, por Sofiane Hadjadj (Éditions Barzakh, Argélia)

No dia-a-dia, o meu trabalho consiste em dar conta do mundo, do real, editando em Argel ensaios e romances. Num contexto político, económico e social conturbado – desde a célebre ’Primavera árabe‘ aos diversos conflitos que grassam por África – onde escasseiam as liberdades. E não deixo nunca de me interrogar acerca do sentido da minha profissão. Sou constantemente compelido a justificar os meus actos: qual a utilidade de publicar livros? E que livros? Escrever e editar constituem para mim duas formas de resistência perante as desordens do mundo: resistir às proibições, resistir às instrumentalizações, resistir ao desespero. Mas, em meu entender, a questão essencial é saber que ideias almejamos promover, que histórias pretendemos contar aqui na Argélia, ou seja no Norte de África, que pertence ao mundo árabe. Se é não só aquilo que ‘pretendemos’ mas ainda aquilo que ‘podemos’. O pensamento ou a ficção não são neutrais. As ideias, as histórias, são testemunhos daquilo que somos, daquilo que vivemos, do nosso imaginário, isto é da nossa capacidade para nos libertarmos de cangas ideológicas e de nos projectarmos para horizontes abertos. Actualmente, dadas as recentes reviravoltas, procuro pensar naquelas que poderiam ser as ‘novas’ ideias, as ‘novas’ narrativas que, de outra maneira, contariam África, o mundo árabe, distanciando-se tanto quanto possível dos clichéssobre o terrorismo, a pobreza ou as mulheres; estando nós no cruzamento de tantas influências (Mediterrâneo, Saara, Europa, Islão…), como será possível inventar novos sonhos. (Abstract)

 

Mais informações no site do Próximo Futuro e/ou através do email proximofuturo@gulbenkian.pt

 

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